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11/08/2017
Escrito por:Juliana Silveira
Ser pai é uma viagem

Eles nos acompanham desde os primeiros voos, ou melhor, passos.

 

Estavam lá quando caímos pela primeira vez de bicicleta e, ali mesmo, nos ensinaram uma das lições mais importantes das nossas vidas: “Não desiste, filho / filha! Vai, levanta e tenta de novo!”

 

São nossos parceiros no happy hour, na praia, no futebol ou no cineminha. E, para nossa sorte, geralmente fazem o melhor churrasco do mundo.

 

 

Como é ser pai com Marcos Piangers e Hugo Moura

Dão conselhos, apoiam nossos projetos e sabem bem quando puxar a nossa orelha. No fundo, de um jeito ou de outro, tudo o que eles querem é cuidar da gente para sempre.

 

 

Afinal, ser pai é embarcar na mais incrível das viagens!

 

 

E para homenagear esses homens tão especiais em nossas vidas, convidamos o jornalista e escritor Marcos Piangers, pai da Anita e da Aurora, e o ator e modelo Hugo Moura, pai da Maria Flor, para falarem um pouco sobre suas lindas experiências e jornada ao lado das suas pequenas.

 

 

Dois papais que são puro amor e inspiração.

 

Tá lindo! Vem conferir!

 

Marcos Piangers e Hugo Moura com suas filhas

 

Ao seu lado colecionamos momentos únicos, muitas histórias e os melhores abraços. Ser pai é uma grande viagem!

 

 

Marcos Piangers – o pai da Anita e da Aurora

 

A viagem para Marcos Piangers começou há 12 anos, quando Anita, sua primeira filha, nasceu.  Uma jornada rumo ao desconhecido, um novo mundo cheio de descobertas, dúvidas e intensos sentimentos… E tudo isso ficou maior ainda com a chegada da caçula, Aurora.

 

Uma história de amor tão grande que não cabia mais só no universo particular da família Piangers. Ele precisava compartilhar as alegrias da paternidade com o mundo. \o/ Melhor ideia, melhor pessoa!

 

 

Eu tenho duas filhas, e às vezes eu acordo com uma me dizendo: ‘papai’. E é como se o sol estivesse do meu lado me iluminando Marcos Piangers

 

 

 

Autor dos best-sellers “O Papai é Pop” e “O Papai é Pop2”, entusiasta e disseminador do “pai é o cara que está lá”, seus livros já venderam 150 mil cópias e suas crônicas fazem sucesso no Brasil, EUA e Europa.

 

Com vocês, o paizão da Aurora e da Anita!

 

 

Piangers conta como é ser o papai da Anita e da Aurora

Piangers e Aurora

 

Marcos Piangers e sua primeira filha

Piangers e Anita com a Tocha Olímpica

O Bom de Viajar: Piangers, conta pra gente: como é ser o Papai é Pop da Anita e da Aurora? Como a chegada delas mudou sua vida e sua rotina e fez você passar a enxergar o mundo com os olhos de um super pai?

 

Marcos Piangers: É maravilhoso poder experimentar esta dádiva. Anita e Aurora me ensinam o tempo todo. A primeira coisa que muda é a noção de amor, a percepção de que existe algo que é maior do que tudo aquilo que você conhecia. Com o passar do tempo perto delas fui me desconstruindo. Aprendendo que homem chora sim, que homem diz eu te amo, que homem brinca de boneca. É uma cura de traumas, um tratamento e um aprendizado.

 

Bomde: Você escreve e fala muito sobre paternidade, família, relacionamentos e essa ligação incrível que você possui com a Ana, sua esposa, e as meninas. Como surgiu a ideia popularizar tudo isso e falar mais sobre a real paternidade? Quando nasceu, de fato, a ideia do Papai é Pop?

 

Piangers: Desde que a minha primeira filha nasceu eu anotava as histórias mais legais. Eu desenhava essas histórias. Eu transformei essas histórias em textos. Passei a publicar no jornal em 2012. Dois anos depois uma editora me ligou pra publicar em livro. Então lançamos despretensiosamente. E foi lindo: mais de 150 mil cópias e lançamento em vários países.

 

 

 

 

 

Piangers com seus livros sobre ser pai

Marcos Piangers e suas filhas

 

 

Bomde: A primeira publicação do Papai é Pop foi em 2015. Hoje já são duas edições e seu livro está entre os mais vendidos do país. Isso sem contar as palestras no Brasil, Portugal, EUA, Inglaterra e Espanha, um quadro no programa Encontro com Fátima Bernardes, participações no TEDX… O que mudou de lá pra cá? Como tem sido a transição de radialista e comunicador para esse superescritor, palestrante e disseminador do “pai é o cara que está lá”? Quem é o Marcos Piangers hoje?

 

Piangers: Acho que aprendi muito com essa jornada, outros pais me mandam suas histórias e pela primeira vez tenho com quem conversar sobre criação de filhos. Este é um assunto que os homens não compartilham, lamentavelmente. Mas por causa do livro tenho com quem conversar. É uma missão que me foi dada, de falar sobre o tema e incentivar a participação paterna, uma missão que eu tento honrar e levar com seriedade. Mas meu sonho é, na verdade, me tornar obsoleto: que tantos pais participem que não seja mais um assunto. Precisamos naturalizar a participação do pai na família.

 

Bomde: Suas crônicas no Papai é Pop motivaram a Ana, sua esposa, a escrever o Mamãe é Rock ou vice-versa? Como você vê a relação dos pais com seus filhos e das mães com seus filhos atualmente? Você acredita que os pais têm sido mais protagonistas nas relações de um tempo pra cá? Em sua opinião, ainda existe muito a distinção de responsabilidades de pai e de mãe?

 

Piangers: Acho que pai também tem instinto paterno, a mesma capacidade amorosa normalmente descrita como instinto materno. Acho que pai também pode cuidar e fazer tudo que a mulher faz. Acho que ainda estamos muito longe do ideal, o Brasil tem 20 milhões de mães solteiras, um número absurdo que mostra que pais participativos são exceção, não regra. Mas acho que estamos evoluindo. Vejo muitos pais se transformando.

 

Bomde: E no que você acha que a Anita e a Aurora mais se parecem com você? Como é a personalidade dessas duas pequenas que são o centro do universo do Papai é Pop e Mamãe é Rock?

 

Piangers: A Anita é questionadora e cerebral, como eu era quando era pequeno. Eu sempre questionava as coisas, era muito crítico. Ela é igualzinha. A Aurora é fisicamente mais parecida comigo, mas tem uma personalidade muito mais positiva do que eu jamais tive. Lembra minha esposa. Cada uma é uma experiência diferente, aprendizados diferentes, encantamento e conversas profundas. A Ana também anota as histórias das meninas e faz seus próprios textos. Acredito que o segredo dos livros é essa capacidade de dizer: aqui em casa é igualzinho.

 

Bomde: Sabemos que tem algumas coisas que você dizia que jamais faria como pai até se tornar um pai de verdade. Conta um pouquinho disso pra gente. =)

 

Piangers: Acredito que sempre topei fazer tudo, das fraldas ao banho. Sempre brinquei de boneca, me deixei ser maquiado. Sempre me permiti passear com as minhas filhas, mesmo quando meus amigos perguntavam se eu estava “de babá”. Mas claro, quando você não tem filhos você é muito menos tolerante com crianças. Hoje entendo criança que faz birra, criança que chora no avião, que corre em restaurante. Ser pai te da empatia.

 

Bomde: Pra finalizar, o que é ser Pai para o Marcos Piangers? E qual é a sua maior realização?

 

Piangers: Ser pai é o maior projeto de um ser humano, a maior realização que você terá a chance de cumprir. Não é ser perfeito: é atrapalhadamente tentar acertar e melhorar todos os dias, atento ao que seus filhos estão fazendo e dizendo. Ser pai é estar presente. Ser pai é encontrar realização no maior amor da experiência humana. Ser pai é se tornar um novo homem e reencontrar a criança que um dia você foi.

 

 

Marcos Piangers com esposa e filhas

O papai Piangers com as filhas

Marcos Piangers e sua filha mais nova

 

 

 

Hugo Moura – o pai da Maria Flor

 

 

Bastam poucos minutos no Instagram do ator e modelo Hugo Moura para entender que a pequena Maria Flor, filha do seu relacionamento com a atriz Deborah Secco, é a sua razão de viver.

 

 

Juntos, Hugo e Maria se divertem muito! Parceiros na praia, piscina e pequenas grandes aventuras por aí, finalmente o ator está realizando o grande sonho de ser pai.

 

 

…quando eu descobri que a Maria viria eu fiquei MUITO feliz. Era uma sensação de estar flutuando o dia inteiro. Hugo Moura

 

 

Hugo conversou com a gente e contou um pouquinho sobre essa linda relação. Uma fofura!

 

 

Hugo conta como é ser pai

Maria e o paizão Hugo

 

Hugo e sua filha Maria

Diversão entre pai e filha

Bomde: Pai, marido, surfista, poeta, modelo e ator. Hugo, conta pra gente: como é o dia a dia de quem assume todos esses papéis?

Hugo: Corrido! Hahaha mas na verdade, antes de todos esses papéis, eu sou pai. As escolhas que eu faço são sempre baseadas nisso: quanto tempo vou ficar longe da Maria? Vale a pena? Ela vai ter orgulho disso? E assim vou tentando acertar. Mesmo sabendo que no fim das contas vou ter errado bastante também.

Bomde: Você é um pai jovem! Como foi quando você descobriu que viraria papai? E o que mais mudou na sua rotina com a chegada da Maria Flor?

Hugo: Sempre quis ser pai. Sempre. A vida inteira deixei claro para as pessoas que me rodeavam que esse era um desejo latente. Então quando eu descobri que a Maria viria eu fiquei MUITO feliz. Era uma sensação de estar flutuando o dia inteiro! E o engraçado é que nós (eu e Dedé – aka Deborah Secco) não queríamos contar pra todo mundo porque ela só tinha feito o teste de farmácia e ficamos receosos… Bobeira.

 

Bomde: Apesar de a Maria ser bem pequena, vocês já tiveram a oportunidade de viajar bastante. Tem alguma viagem em especial que fizeram juntos e você vai sempre guardar na memória? Qual momento mais marcante dessa trip?

 

Hugo: Como a nossa rotina é meio atribulada, a gente viaja menos do que gostaríamos. Mas, recentemente, Dedé estreou um monólogo no teatro pra comemorar 30 anos de carreira. Fomos no segundo fim de semana, onde ela se apresentou em Campinas – SP, e a Maria entrou no palco para agradecer. Foi único e vou lembrar disso pro resto da minha vida.

 

 

Hugo com esposa e filha

Ser pai é uma viagem

 

Bomde: Que ser pai é a maior viagem, a gente não tem dúvida. Os filhos nos dão uma bagagem (de experiências) enorme. A gente aprende com eles muito mais do que ensinamos. Qual a bagagem mais importante que você quer deixar para a Maria flor? E qual a bagagem que ela já deixou pra você?

 

Hugo: E quanta bagagem… hahahaha. Mas o que eu quero deixar pra Maria é consciência. A gente vive em um mundo tão caótico, automático, que o que eu sempre tento passar pra ela é saber que as atitudes dela modificam direta e indiretamente a rotina de muita gente. Isso já seria muito bom pra mim. Ela me ensinou a ser menos egoísta. Continuo sendo, mas a primeira pessoa em quem eu penso em qualquer momento do meu dia é ela: antes de comer penso se ela já comeu; antes de dormir penso se ela já dormiu; e antes de fazer qualquer coisa penso se ela se orgulhará de eu ter feito.

 

Bomde: Pra encerrar: qual é a melhor parte em ser pai pra você?

 

Hugo: A melhor parte é ser pai! Sério, pensar que de você saiu uma parte que gerou uma pessoa, com características físicas, vontades e desejos é uma coisa quase divina pra mim.

 

 

Hugo brincando com sua filha Maria, utilizando tintas

Hugo na praia com sua filha Maria Flor

 

 

Papais que inspiram, emocionam, cuidam, abraçam, choram, riem. A nossa maior e melhor viagem é estar com vocês.

 

Feliz Dia dos Pais!