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12/06/2017
Escrito por:Juliana Silveira
De Carona com o Bomde – Japão

Um roteiro pra curtir dias incríveis na Terra do Sol Nascente

Nosso próximo destino é um lugar mágico, místico e super high-tech.

Um lugar que faz qualquer um que o visite se conectar rapidamente (e naturalmente) com o que há de mais moderno e tecnológico no mundo, ao mesmo tempo em que nos apresenta e vive costumes e tradições milenares.

Próxima parada: Japão.

Pegamos carona (e dessa vez de trem-bala) com a viajante amiga do Bomde Ariana Apolinário, carioca, jornalista e do tipo “vamos? vamos!”. O Japão era um lugar que ela tinha muita curiosidade de conhecer, no entanto, sempre achou muito caro ir pra lá. Ter conseguido uma promoção na passagem foi o empurrãozinho que faltava para realizar essa trip. Ela estava de férias e abraçou esse sonho de conhecer o outro lado do mundo.

A viagem entre o passado e o futuro num piscar de olhos vai começar.

Vem com a gente!

De Carona com o Bomde – Japão

Bem-vindos à Terra do Sol Nascente: um encontro com passado e o futuro numa só trip pelo Japão

Templos, gueixas, misticismo, trens-bala, prédios ultramodernos e serviços automatizados são algumas das muitas maravilhas que o lifestyle japonês tem a oferecer. Lá o futuro encontra o passado sem nenhum problema.

Atravessamos o globo e pegamos carona com a Ariana e a Carol Felix, que escolheram a frenética e super megalópole Tóquio e a mística e tranquila Quioto como destino para carimbar esses dias inesquecíveis. 

Não dá pra perder essa chance, né? Bora lá!

Com a palavra, nossa viajante!

E tudo começou…

A nossa trip de férias no Japão durou um total de 13 dias.

Dividimos a viagem em dois momentos: curtir tudo de mais moderno na intensa Tóquio, além de mergulhar em costumes genuinamente japoneses em Quioto, uma das cidades mais antigas e que também já foi capital do país.

Quioto

Chegamos ao Aeroporto Internacional de Narita (cidade na província de Chiba) e pegamos um trem para Quioto utilizando o Japan Rail Pass que é um passe, tipo um vale transporte, da empresa Japan Railways (JR), que possui uma rede ferroviária de 27 mil km por todo o país.

Aí vai a primeira dica: a boa notícia é que nós compramos o passe pela internet antes da viagem, ainda no Brasil, e só precisamos retirá-lo na agência dentro do aeroporto mesmo. É prático, eficiente e útil pra quem não fala japonês. Super indicamos!

Ah, mas numa viagem dessas é bom se virar no inglês, ok? 😀  Os japoneses são conhecidos por sua cordialidade e educação, então se precisar de alguma info, eles vão ajudar.

Outra dica bacana, caso você não domine o idioma local: alugue um modem Wi-Fi ainda no aeroporto. Com ele sobrevivemos os 13 dias por lá sem perrengues de comunicação.

Tanto em Quioto quanto em Tóquio optamos ficar hospedadas em apartamentos de moradores via Airbnb. Na primeira parada, o dono do apê fez um super roteiro e identificou todo o caminho no mapa. Demais, né?

Bora turistar!

Na primeira noite em Quioto, optamos por jantar em um restaurante esteira que ficava dentro da estação de trem. Para, peraí, do que vocês estão falando? Explicamos… Restaurante esteira é muito comum e um jeito mais econômico de fazer refeições por lá. Basicamente, você senta e os pratos que acabaram de ser preparados ficam passando numa esteira. O valor é definido pela cor do prato.

No balcão é possível servir o seu próprio chá verde, sem adicional cobrado. Tem a erva e uma torneira com água quente. Entre um prato e outro, eles colocam o nome da peça em inglês e japonês, é claro. Ah, a raiz forte já vem na peça, ou seja, o chef que coloca a quantidade que ele julga suficiente para temperar o peixe.

Restaurante Esteira

Restaurante Esteira na Estação de Quioto

1º Dia

Nossa primeira parada turística foi no Toji-Temple, o templo de madeira mais alto de Quioto, com 5 andares, ou melhor, pagoda ou pagode, como eles dizem por lá. É realmente impressionante!

Templo

Templo próximo ao Toji-Temple

Depois, seguimos para o Quioto Imperial Palace (antigo Palácio Imperial do Japão durante o Período Edo – 1603 a 1868). Além de alguns templos, os jardins também dão o tom colorido ao lugar.

Nishiki Market

Nishiki Market

E quando bateu a fome, escolhemos almoçar lamen num lugar clássico entre os japoneses: o Mercado Central, ou melhor, Nishiki Market. Peixes, frutos do mar, ervas e produtos que nem conseguimos identificar direito são vendidos ali. Almoço resolvido, a dica é caminhar pelo mercado e experimentar o famoso bolo de feijão.

Pontocho

Pontocho

Não gostei muito da versão doce do bolo de feijão, mas acho que vale arriscar

Mais tarde, em Pontocho (uma ruela super conhecida em Quioto com restaurantes e outras atrações), vimos nossa primeira gueixa em uma das vielas. Foi emocionante!

2º Dia

Nosso segundo dia nos dedicamos a visitar templos e mais templos, um jardim incrível e o famoso e espetacular bosque de Bambu. O lugar é lindo e sempre muito cheio de japoneses.

Saindo de lá, fomos para o templo budista Kinkaku-ji – o Templo de Ouro. O templo é rodeado pelo lago Kyōko-chi e um lindo jardim. Não é permitido entrar, e nem precisa: só de ficar do lado de fora admirando, já vale o passeio.

Descobrimos em uma das vielas de Nakagyo um bar muito peculiar. Um lugar sem turistas, cardápios com fotos reveladas e paredes, inclusive dos banheiros, pichados. Incrível! Vimos na internet que o distrito era um verdadeiro mergulho cultural e a internet acertou! Foi a maior descoberta do dia!

PS: não sabemos o nome do bar por questões de não entender Hiragana (ひらがな), Katakana (カタカナ) ou Kanji (alfabeto e escrita japonesa).

3º Dia

Fomos visitar o Ginkaku-Ji – o templo do Pavilhão de Prata, um dos subtemplos do templo principal Shokoku-ji. Outra imponente construção histórica, carregada de misticismo. O passeio teve direito a sorvete de Matcha (chá verde) no caminho. Delícia!

No mesmo dia ainda conhecemos: o maior tori (pórtico de pedra que parece um portal) do mundo, o grande Buda, e o Templo Kiyomizu-dera (vale a pena curtir o pôr do sol lá de cima), patrimônio mundial pela Unesco.

Outra dica: na volta do passeio, não deixe de explorar as vielas da região. 😉

4º Dia

No último dia em Quioto, fomos ao belíssimo Santuário Fushimi, aquele com milhares de toris (aliás, um túnel deles) e um dos mais importantes do Japão.

De lá, pegamos o trem-bala e fomos conhecer Nara, a cidade dos cervos. Lá a Ariana resolveu experimentar, em uma das feiras de rua o Takoyaki, um bolinho de polvo.

Achei a textura bem estranha, parece uma panqueca crua. Não deu pra mim, não.

(arrependida :P). Quem sabe vocês gostem? Vale tentar.

Na volta para o apartamento, resolvemos conhecer o cardápio do velho conhecido Mc Donald’s. Do outro lado do mundo, fiquei surpresa com o adicional de sorvete ao refrigerante de maçã verde e o milho como acompanhamento ao hambúrguer.

E assim terminou a nossa primeira parte da viagem, em Quioto. \o/

Tóquio, lá vamos nós!

Nosso apartamento em Tóquio era muito pequeno (falta de espaço é um problema comum na cidade, afinal são 14 mil habitantes por quilômetro quadrado).

O que não tínhamos de espaço, ganhamos em localização: ficamos a 5 minutos do cruzamento mais movimentado do mundo, o Shibuya Crossing.

Na primeira noite, aproveitamos o nosso CEP local para circular pelas ruas super agitadas próximas ao nosso apartamento.

1º Dia

Nossa primeira parada foi no Café Excelsior (tipo esses cafés de filme americano), que fica próximo ao metrô de Shibuya. No cardápio, opções como muffins, sanduíches, cafés e saladas pra começar o dia bem disposto.

Pós café da manhã, fomos caminhando até a estátua do famoso Hachiko (aquele cãozinho que fez todo mundo chorar ao ficar anos esperando o seu dono numa estação de trem, história contada no filme ‘Sempre ao seu lado’, com o ator Richard Gere).

Hachiko

Estátua do cachorro Hachiko

Dali, seguimos para a Avenida Omotesando (algo parecido com a Champs-Élysées de Paris). Os modernos edifícios abrigam lojas de luxo como Prada, Louis Vuitton e Dior. Ah, vale parar na loja Yoku Moku e experimentar um dos melhores chocolates da sua vida. 😀

Hora do almoço. Caminhamos até Akasaka e almoçamos no Tokyo Midtown – um restaurante que serve a típica comida japonesa, dessas feitas em casa à noite, com a família toda reunida à mesa. Uma maravilha!

Pós-almoço, mais caminhada. Depois de andarmos pelas ruas Roppongi e Ginza, terminamos a noite assistindo a um tradicional espetáculo japonês no teatro Kabuki-za. Infelizmente, a gente não pode tirar foto, mas ó: vale a visita.

2º Dia

Começamos o dia morrendo de amores pelos pequenos japoneses no Yoyogi Park. No fim de semana, é comum crianças vestidas de quimonos brincando no parque. Uma fofura! ❤

Depois, seguimos para a Akihabara, o paraíso dos eletrônicos no Japão. Impossível não colocar um tour hi-tech no roteiro, né? 😉

Akihabara

Akihabara

3º Dia

O terceiro dia começou em um dos parques mais antigos de Tóquio, o Ueno Parque. Além da enorme área verde, o local abriga museus, templos e um zoológico. Programamos passar apenas duas horas por lá e, infelizmente, não conseguimos conhecer tudo. Mais um motivo pra voltarmos!

Próxima parada: Asakusa. Lá conhecemos a principal atração do bairro, o templo Sensoji, e comemos um prato muito popular no Japão, o Tonkatsu. A porção servida é essa da foto, mas o repolho era à vontade. Você pode pedir mais e mais, mas ficamos só com a quantidade do prato mesmo. 🙂

Depois, seguimos para conhecer a enorme Tokyo Skytree, com seus 634 metros de altura. Durante a visita, é possível chegar aos 450m, no 2º observatório. A vista é realmente incrível!

4º Dia

O dia começou bem cedo e com uma esperança: conseguir ver o Monte Fuji. Chegamos em Hakone (um dos lugares que é possível avistar o Monte) e compramos o Hakone Free Pass. O pass permite o uso de TODOS os meios de transporte (trem, teleférico, ônibus e barco) na região dos vales fumegantes e um dos pontos turísticos mais populares do interior do Japão. Mesmo com algumas nuvens no céu, foi possível ver (do teleférico) o Fuji-san (nome japonês do monte). Missão cumprida!

O passeio no barco ‘pirata’ e a visita ao Museu Hakone Open Air também entram na lista de passeios imperdíveis.

5º Dia

Dia de Harajuku, no bairro de Shibuya. Andamos pela Rua Takeshita, repleta de butiques de moda, cafés e restaurantes. Nas lojas, aproveitamos para comprar lembrancinhas ou só dar uma olhadinha mesmo. Pikachu foi o personagem que mais vimos, mas tem para todos os gostos: bonecos do Jackie Chan, Cavaleiros do Zodíaco e por aí vai. Ah, no fim perdemos alguns ienes nas lojas de games e fliperama. 😀

6º Dia

Último dia. O Mercado de Peixe Tsukiji estava na lista, claro.

Dicas valiosas e uma cultura riquíssima pra explorar. Ficou empolgado? Nós também! 

Que tal incluir mais esses destinos na sua lista de viagens, hein? Apoiamos!

Até o próximo De Carona. 😉