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28/11/2017
Escrito por:Juliana Silveira
De Carona com Bomde – Espanha

Uma viagem regada à sangria, flamenco, tapas e amor

Brunch em Viena, alguns pints em Londres, pôr do sol em Paris e uns bons drinks em Nova York… A lista de diversões (and aperitivos) around the world da carioquíssima [radicada em Porto Alegre – RS] Alessandra Mello não param por aí.

A garota pé na estrada já carimbou seu passaporte na Inglaterra, França, Alemanha, Portugal, Itália, Áustria, Eslováquia, Estados Unidos, Argentina e Chile.

E mesmo acostumada aos check-ins da vida, sua última trip à Espanha reservou a ela novas emoções. No roteiro: romance, reencontro com velhos amigos e a alegria de viajar pela primeira vez sozinha para fora do Brasil. Tudo isso ao som de flamenco, muitas tapas, sangrias e besos.

 

Quer pegar algumas dicas e saber tudo que rolou nessa viagem caliente ? Vem De Carona com a gente!

Olé! ?

“Ela adora viajar e adora ficar sozinha
pelo mesmo motivo ama lugares novos
lugares novos no mundo e lugares novos dentro de si”
Zack Magiezi

Em suas últimas férias, a Alessandra (ou Ale, pros amigos) partiu rumo ao hemisfério Norte para visitar países que já conhecia. Uma passada rápida pela Itália, um dia incrível em Portugal, mas foi na Espanha onde ela ficou mais tempo e pode aproveitar seus dias de turista no verão europeu. Primeiro sozinha, depois numa rota romântica com o seu namorado espanhol.

Teve frio na barriga, amizade, amor e muito calor. Ela voltou felizona e cheia de histórias pra contar, claro.

Do Rio para o mundo: com vocês, Ale!

O destino, a viagem (quase) solo e um romance

Há algum tempo que vinha crescendo o desejo de fazer uma viagem sozinha. Já tinha pensado em milhares de roteiros. Mas foi só no final de 2016, depois de uma grande reviravolta na vida, que tomei coragem e comecei a levar a ideia muito a sério.

Primeiro conversei com a Maria, uma grande amiga alemã que conheci quando morei na Inglaterra, e que o destino quase sempre faz a gente se esbarrar mundão afora. Ali combinamos que iríamos nos encontrar esse ano na Europa… Mas ainda sem destino definido.

Depois, conversando com uma amiga brasileira que estava fazendo doutorado em Barcelona, a Virgínia (Vicky, né!), que eu soube que a Espanha seria o lugar escolhido.

Mas a certeza do roteiro só veio quando conheci meu namorado, Guillermo, que mora e estuda em Porto Alegre, natural do Sul da Espanha, da região da Andaluzia. Toda vez que ele me mostrava fotos ou contava alguma coisa do seu país (história, cultura, gastronomia ou sobre o flamenco), me fazia viajar com ele e crescia a vontade de ver tudo isso de perto.

De Carona com Bomde – Espanha

De Carona com Bomde – Espanha

Guillermo e Ale

Pensando no roteiro

Eu já conhecia Barcelona, mas sabia que a Espanha era muito mais. E agora queria muito conhecer o Sul. Como todo roteiro, a gente quer ver tudo e mais um pouco, né?

Então além de voltar a Barcelona, também queria muito conhecer a capital Madrid, com seus museus, tapas, e atmosfera vibrante de uma grande metrópole europeia. E pra completar, ainda ia rolar um grande festival de música, o Mad Cool, com várias bandas bacanas que eu sou fã.

De Carona com Bomde – Espanha

Como o Gui (vulgo Guillermo)  ia passar o verão europeu em casa, acabamos comprando as passagens juntos, mas para datas diferentes. A partir daí não foi um frio na barriga o que eu senti, foi uma geleira inteira quando caiu a ficha! 😀

Comprei as passagens planejando minha chegada por Barcelona e a volta por Madrid (que saía pelo mesmo preço que voltar por Barcelona). E pra ficar melhor, durante a compra vi que existia a possibilidade de um stopover em Lisboa. Então, vale sempre checar essas possibilidades na hora de pesquisa. 😉

Lisboa – Portugal

Que demais! Ia conseguir encaixar a minha queridinha cidade portuguesa, que já conhecia de outra viagem, na volta e passar uma noite por lá. Eba! De saída, já tinha dois países na mala.

A Itália entrou no roteiro quando a Maria (minha amiga alemã ali do início da história, lembram?) me convidou para ser sua companhia no casamento de outra amiga nossa, a Silvia, em Monopoli, na região de Puglia, Sul da Itália. Seria a ocasião perfeita para reencontrar amigos da época em que moramos na Inglaterra.

E assim, a minha grande viagem de 24 dias de férias pela Europa, que a princípio ia ser sozinha, se tornou uma viagem cheia de encontros!

Mas o foco aqui será os dias de verão na sempre ensolarada (e caliente) Espanha!

Depois de pensar em inúmeras possibilidades, decidi que as escolhidas seriam, além de Barcelona e Madrid, Granada e Sevilla… Para desespero do Gui, que tentou me alertar sobre o calor no Sul, e eu como carioca acostumada com 40 graus do Rio, achava que seria de boas, mas nem sonhava com o que estava por vir!

Depois de tanta preparação, convido vocês a embarcar comigo nessa viagem linda. Prepara o abanico (aka leque) e o sombrero (aka chapéu), porque a previsão é de muito sol e calor!

Barcelona

Barcelona

Granada

Granada

Sevilla

Sevilla

Espanha Parte 1

Barcelona

O primeiro dia das férias foi muito cansativo: quase 12 horas desde Porto Alegre até Lisboa + uma conexão corrida até Barcelona. O voo até Barcelona dura cerca de 2 horas, com 1h de diferença de fuso entre Portugal e Espanha.

#DicaDaAle: Durante o verão europeu, a diferença de fuso entre o Brasil e a Espanha pode ser de até 5 horas. Então os primeiros dias, pra quem não está acostumado, são um pouco cansativos. Mas nada que uma programação intensa e animação das férias pela frente não façam a gente pular da cama (não muito cedo, né?!).

Plaza de Espana

Plaza de España sob o sol de Barcelona

Primeiro dia

Por já conhecer Barcelona, sabia que a maneira mais fácil de chegar ao Centro era pegando o ônibus do aeroporto até a Praça da Catalunha (para encontrar minha amiga Vicky). O aeroporto é bem sinalizado e no ônibus eles avisam as paradas. Então, comprei um passe de 10 viagens para começar… E depois comprava conforme a necessidade. O transporte em Barcelona é integrado, então serve para metrô e ônibus.

Encontrei a Vicky na estação de metrô próxima a casa dela, em Nou Barris, conheci os roomates e a querida gatinha Gucci, que foi companheirinha durante os dias seguintes. Fui recebida com pão de queijo e chimarrão.

Depois de comermos em casa, partimos para explorar a noite catalã. Acreditem, acabamos caindo no samba! Fomos ao Grizzly 72 Sports Bar. E depois de algumas cervejas, muitos brasileiros, suor e samba no pé, fomos bater perna atrás de bons drinks. Pegamos o metrô, que na sexta funciona até às 2h da manhã (aos sábados funciona a noite toda e nos demais dias funciona até meia noite, fique atento) e fomos até a região de Puerto Viejo. Lá fomos explorar o bairro El Born. A Vicky recomendou o lindíssimo e fofo Sor Rita Bar, um bar bem fashionista, super decorado e badalado até altas horas. Diversão certa! A noite terminou com muitas risadas das meninas pelas ruas dos bairros e volta em segurança pra casa de metrô.

Vicky e Ale

MUHBA – Museu de História de Barcelona

Segundo dia

No dia seguinte, a Vicky estava comprometida com sua tese de doutorado, então eu teria o meu primeiro dia de turista sozinha. Eita, que nervoso! Com o calor que fazia, somado à noite anterior, acabei começando o dia já à tarde. Partiu bater perna e conhecer o bairro Barri Gòtic, que faz parte do Distrito de Ciutat Vella, e compõe a parte mais antiga da cidade. A construção mais emblemática da região e o ponto de partida mais fácil de localizar é a Catedral de Barcelona. Não entrei dessa vez, mas recomendo muito a visita. É uma igreja católica de estilo gótico, do século XIII e em seu subsolo encontra-se o MUHBA – Museu de História de Barcelona – e as fundações romanas da cidade, que aos domingos tem entrada gratuita após às 15h.

A região da catedral é cheia de história e cultura, que remetem à época do domínio da região pelo Império Romano. Se perder por ali é uma viagem no tempo. A praça onde se encontra a igreja sempre tem vários artistas de rua e performances acontecendo. Se você não é daqueles que gosta de visitar museus e igrejas, por ali tem várias lojinhas e cafés para bater perna e conhecer. Alguns com muita história também, como é o caso do Els Quatre Gats, ponto de encontro dos modernistas no século XIX, que fica num edifício lindíssimo. Foi ali que Picasso realizou sua primeira exposição na vida. É um lugar realmente inspirador. Dali é um pulo até Las Ramblas, a principal via que conecta a Praça da Catalunha com o Port Vell, e separa os bairros El Raval do Barri Gòtic. É a principal e mais famosa região de compras da cidade, e você encontra de tudo.

O mercado La Boqueria é um paraíso gastronômico, onde se encontra o famoso jamón (presunto), de todos os tipos e regiões da Espanha. Frutas exóticas e temperos do mundo inteiro, numa mistura impressionante de cores e aromas.

Mudando um pouco e indo para outra parte da cidade, fui conhecer a Praça d’Espanya e o Museu Nacional d’Art de Catalunya (MNAC), que ficam em uma das subidas para o Montjuïc, a montanha onde ficam, além do museu, o jardim botânico, o teleférico, a Fundação Juan Miró, o castelo e o parque olímpico.

Museu Nacional d’Art de Catalunya

Subindo a montanha

Tive a ideia de subir o monte caminhando, até onde desse, pois teria aquele dia livre. Foi a parte mais difícil da viagem… No primeiro momento, tive a visão incrível do museu e da fonte, que dá um ânimo! Então continuei a caminhada, contornando o palácio e saindo no jardim botânico.

Nesse ponto, você já não vai ver muita gente andando por ali, mas é bem segura a região. Fui seguindo o mapa pelo smartphone e cheguei até o Estádio Olímpico. Que visão! Foi emocionante! Já tinha superado uma parte grande da subida, mas me perdi nos caminhos e como já estava muito cansada e sofrendo com o calor, foi batendo um medo de não conseguir descer à pé. Mas fui parando nos mirantes, tirando fotos, bebendo bastante água (existem fontes de água própria para o consumo em toda a cidade) e deu tudo certo.

Concluí minha descida chegando pelo El Raval, sentei num bar, El Rincón del Artista, pedi uma seleção de tapas, um tinto de verano, e relaxei os pés, satisfeita com a minha pequena grande aventura.

Adelante!

Já que estamos falando de comida, tenho uma super recomendação pra quem, assim como eu, ama frutos do mar: vá ao Bar Celta Pulperia, para provar polvo, claro! Eles também servem outras delícias do mar e o chope é sempre geladinho. E pra quem curte espumante, vale conhecer a famosa champagneria Campaixano, no bairro Port Vell, para experimentar as deliciosas cavas. Lá o esquema é assim: quem compra uma cava, que custa cerca de 1 euro, tem que pedir algo para comer também. Delícia!

No bairro La Barceloneta, aproveitei o sol e o Wi-Fi gratuito pela cidade para tirar mais fotos e molhar os pés no mar Mediterrâneo. Dali fui encontrar a Vicky no Park Güell. Tínhamos comprado os ingressos antecipados, mas nos desencontramos (o parque é enorme e tem três entradas). O lugar é incrível e o trabalho do arquiteto Antoni Gaudí é realmente impressionante, um dos meus artistas favoritos.

Não deixe de visitar a Casa Batlló e a La Pedrera, que ficam em Passeig de Gràcia, uma avenida charmosa e uma das principais em Barcelona. A Sagrada Família, sua obra prima ainda em andamento, não pode ficar fora do seu roteiro. Cada bilhete contribui para sua construção, tal como Gaudí queria, financiada pelo povo. A catedral é emocionante por dentro. Vale chegar cedo e se possível comprar o ingresso antecipado.

Depois de se maravilhar com as cores de Gaudí no interior da catedral, visite o Parc de la Ciutadella e a região do Port Olímpic, no fim da tarde. O parque é lindo, especialmente na primavera e no verão, o que rende um bom descanso do calor, numa sombrinha refrescante, antes de ver o pôr do sol e brindar o fim de mais um dia.

Bairro Gótico

Era hora de me despedir por um tempinho da Espanha ir seguir rumo à Itália. Foram dias lindos de celebrar encontros e a amizade. Mas depois da Itália ainda faltava um momento bem aguardado: encontrar o namorado em Madrid e seguir a segunda etapa das férias! Ebaaa! 🙂

Espanha Parte 2

Madrid

Ao chegar ao aeroporto, encontrei com o Guillermo, meu namorado, que vinha direto do Brasil, e pegamos o metrô rumo ao hostal (tá certo, é hostal mesmo), que ficava próximo à Estação Sol, numa região cheia de bares abertos a noite toda. Ficamos no Diezmadrid Hostal, bem bonitinho e silencioso.

#DicaDaAle: Na Espanha, os hostal são como uma opção entre o hostel e o hotel. Uma pensão, sem café da manhã na maioria das vezes, e podem ser encontrados, por exemplo, num andar de um prédio comercial, como era o caso do nosso.

Depois de uma descansada, saímos pra explorar as ruas da capital… Confesso que estava bem relaxada com os próximos dias de viagem, já que o Gui conhecia Madrid e Granada bem. Então nem planejei muito, só me deixei levar… Logo eu, que gosto de ter várias opções para restaurantes, bares e coisas para fazer quando se tem tempo livre.

Na chegada, fomos logo ao Museu del Jamón, um clássico em Madrid, tomar cañas de cerveza con tapas. Em seguida, fui apresentada às gulas, que parecem minhoquinhas do mar, e são deliciosas! Os calamares também são sempre uma boa pedida, anéis de lula empanadas e fritas. Não se preocupe em pedir frutos do mar em Madrid, pois a qualidade é quase sempre excelente, e eles fazem questão de um bom serviço.

Ao andar pela cidade, já deu pra ter uma ideia da efervescência e diversidade de uma das grandes capitais culturais da Europa. Chegamos um dia após a Grande Parada do Orgulho Gay, esse ano a maior do mundo, e Madrid ainda estampava as cores da bandeira LGBT em vários estabelecimentos, e pelas ruas se via toda forma de amor representada. Coisa mais linda. <3

Museu del Jamón

Segundo dia

No dia seguinte, acordamos tarde e pulamos direto para o almoço. Como não deu tempo de ir até Málaga, fomos almoçar num restaurante típico, assim eu teria um gostinho da comida da região. Fomos no El Tinterillo de Málaga, um restaurante bem central, parece uma taberna, assim como a maioria dos bares mais centrais e antigos de Madrid, e tem aquela atmosfera informal. Pedimos Porra, como é chamado o Salmorejo em Málaga (uma tipo de sopa cremosa), mariscos, camarões e Pimpi Huevo, uma espécie de salada de batatas com ovos e laranjas. Alguns pratos são feitos na brasa, como sardinhas e lulas. O que deixa tudo com um ar defumado.

Depois do almoço, fomos passear na Plaza Mayor, debaixo de um sol fortíssimo. Uma paradinha rápida no Mercado de San Miguel, para ver mais frutos do mar estranhos, coisas que só tem por lá. A próxima parada foi o Parque El Retiro, já num calor de 40º. O lugar é belíssimo, cheio de locais para explorar. Recomendo deixar para ir bem cedinho, quando o calor ainda não está tão forte, ou mais para o fim do dia (lembrando que no verão europeu escurece bem mais tarde, em torno das 21h, dependendo do país e do mês).

Caso queira aproveitar o pôr do sol, o mais bonito de Madrid é sem dúvida no Templo de Debod. À noite, são várias opções de bares. Para uma noite mais alternativa, explore os bares na região de Chueca. Fomos ao El Tigre, onde a cada pedida de drink ou cerveja, vem uma tapa acompanhando. Se curte gin tônica, vá ao Areia, um beach bar bem descolado e pé na areia, literalmente.

Plaza Mayor

Templo de Debod

Areia

Terceiro dia

No dia seguinte, foi o dia de explorar os museus. Fomos ao Reina Sofia, museu de arte moderna, onde acontecia uma exposição sobre a obra Guernica, de Picasso. Aproveite os dias de entrada gratuita ao museu e faça seu roteiro. Não conseguimos entrar no Museu do Prado, o que eu mais queria, pois no dia de entrada gratuita tinha uma fila enorme de pessoas com senha, no sol, e decidimos pular esse… Os dias seguintes seriam bem cansativos devido ao festival de música Mad Cool.

Últimos dias

Logo no primeiro dia do festival, pegamos um temporal de verão, bem atípico nessa época, o que causou muitos transtornos, pois tínhamos que trocar nossos bilhetes pelas pulseiras na chegada, em meio a um mar de lama. A chuva parou quando conseguimos entrar, quase 2h depois, e finalmente aproveitamos os shows e o espaço. Foram três dias de atividades intensas, com apresentações memoráveis, destaque para os shows do Foo Fighters, Green Day e Alt-J. Inesquecível! Ao sair dos shows, a gente ainda conseguia pegar o metrô e aproveitar a noite pertinho do hotel, com os bares abertos na região. Nada como terminar a noite com um tinto de verano y unas tapas más.

Próxima parada, Granada!

Reina Sofia

Mad Cool

Granada

No dia seguinte, pegamos a estrada rumo a Andaluzia. A paisagem muda bastante… Mais verde e com mais montanhas, e se avistam quilômetros de campos de oliveiras. Chegamos em Granada no fim do dia, depois de 5h de viagem de ônibus. Ficamos no Hotel Sacromonte, no centro comercial. O hotel era simples, mas o quarto era espaçoso e tinha até banheira!

Nada te prepara para o que esperar de Granada. É totalmente diferente do que se imagina! Somos surpreendidos a cada esquina. Granada foi a cidade onde o Gui morou, fez graduação e o local onde ele considera como sendo a mais próxima à sua identidade.

É uma cidade bem boêmia e universitária, cheia de bares e restaurantes abertos madrugada adentro. Na primeira noite, fomos ao restaurante La Sitarilla, com tapas muito bem servidas, quase uma janta! Em seguida, partimos em busca de uma noite, na Calle Pedro Antonio de Alarcón, cheia de promoters, que ofereciam descontos pra gente entrar nos bares. Shots a 1 euro, como recusar?

Segundo dia

Na manhã seguinte, fomos mais ao Sul, em Motril, sua cidade natal, para almoçar e conhecer a sogra! Reconheço que tenho que praticar mais espanhol, pois a dificuldade de me comunicar foi grande. Mas não diminuiu as risadas. 😀 E depois de uns drinks a gente se entende, né?

Na volta a Granada, fomos caminhar pelas ladeiras do Albaicín e poder ver a Alhambra, o monumento mais visitado da Espanha e o tesouro de Granada. É um complexo de palácios, fortaleza e jardins. Seus interiores são decorados com elementos de arte islâmica. O ingresso é comprado pela internet, com o horário da visita. Reserve um dia inteiro para esse passeio, você não vai se arrepender. Deixe-se levar pelos labirintos do castelo e seus jardins. No dia da visita, faziam cerca de 40 graus em Granada. Dentro do palácio o calor não era tão intenso, pois existem inúmeras fontes para se refrescar. Na descida, ainda em Albaicín, várias lojinhas vendem temperos e chás imperdíveis. Abasteça a despensa!

Para comer, Granada tem opções de comida com aquele toquezinho de tempero árabe, mas ainda se pode encontrar opções de frutos do mar, como no Rincón de Rodri, para terminar a noite feliz e seguir viagem.

Bar Asador la Carbonería em Motril

La Alhambra

Sacromonte

Bora pra Sevilha!

Sevilha

Seguimos para Sevilha de ônibus, numa viagem de cerca de 3h30. Chegamos no fim da tarde e fomos direto para o The Boutike Hostel, que fica bem no centro histórico. O hostel oferecia café da manhã, o quarto era pequeno, mas novinho e tinha uma sacada. Foi bom ter planejado um pouco de conforto no fim da viagem, pois mal sabíamos a onda de calor que íamos enfrentar nos próximos dias.

Segundo dia

Na manhã do dia seguinte, saímos para explorar o centro, debaixo de sol forte para um free walking tour, em frente a La Giralda. Passamos em frente à Catedral de Sevilha, onde se encontra do túmulo de Cristóvão Colombo, aos Reales Alcázares de Sevilla, ao Hotel Alfonso XIII, Torre del Oro, Universidade de Sevilla e à Fábrica Real de Tabacos, terminando o tour na Plaza de España, construída para a Exposição Ibero-Americana de 1929.

Depois de tomar banho nos splitters que regavam o parque de María Luisa, fomos almoçar na Bodega Santa Cruz, daqueles clássicos locais imperdíveis. Atendimento bem informal, preço justo.

Sevilha nos pegou de jeito com o calor imbatível que chegou aos 46 graus. Então demos uma fugidinha para a casa dos tios do Gui, que nos convidaram para um banho de piscina e acabamos ficando uma noite por lá. Muito bem recebidos pela família, com muita cervezita gelada, jamón, piadas. É muito amor!

Último dia!

Voltamos ao centro da cidade, aproveitamos para passear e ver as luzes à noite. Era a nossa despedida da cidade famosa pelas touradas, mas que pra mim sempre vai ser lembrada pelo calor, das ruas e do seu povo! 🙂

Lisboa

Chegou a hora de ir pra casa. Mas antes tinha uma noite em Lisboa! Ebaaa!

Fiquei na Praça do Rossio, no Goodmorning Hostel Lisbon. Tem café da manhã e os quartos são confortáveis. Minha despedida dessa temporada na Europa teve muito bacalhau, ginja, vinho do porto, pastel de nata, pastel de bacalhau e minha saudação ao Rio Tejo, dizendo que logo, logo, eu tô de volta àquele lado do Atlântico.

Um brinde às férias e aos encontros!

Aproveitando os últimos momentos

Deu pra perceber que Alessandra sabe bem planejar uma boa Eurotrip, não é mesmo?

Voa, garota!