Aniversariar é celebrar a vida, reviver bons momentos, comemorar as conquistas, renovar energias e se encher de esperanças.
Em julho, O Bom de Viajar completou 3 anos e estamos em festa!
Motivos para comemorar não nos faltam. Foram três mágicos anos de muitas alegrias, mudanças, desafios, descobertas e muuuuitas viagens. Quanta coisa boa, hein? 😀
Essa jornada não teria sido tão incrível sem vocês, nossos amigos, loucos e apaixonados pela estrada, feito a gente. Juntos colecionamos histórias, perrengues e a paixão de estar por aí.
E como fazer aniversário também é agradecer e compartilhar os bons momentos ao lado de pessoas especiais, nós convidamos vocês para a festa:
Vocês (como sempre) toparam e a participação de todos foi demais. \o/ (Clique para ampliar)
E entre tantos depoimentos emocionantes, a história vencedora e que conquistou a todos foi a do aventureiro Alex Magno Coelho Horimoto.
Apertem os cintos e embarquem com a gente no De Carona com o Bomde – edição especial de aniversário – direto à Groenlândia. Bora!
Alex Horimonto em: “A viagem mais fantástica que eu fiz”
Uma viagem sonhada e desejada desde a infância. A Groenlândia mexia com o imaginário do Alex desde o tempo em que ele brincava de WAR, um clássico jogo de tabuleiro onde o objetivo é ganhar batalhas e conquistar o mundo, ainda criança.
Enfim, ele recentemente realizou o sonho de conhecer a imensa ilha, que fica próxima ao litoral Norte do Canadá e pertence à Dinamarca. Terra das baleias narval, de trenós puxados por cachorros e de gigantescos icebergs. Uma verdadeira terra dos sonhos. =D
E para contar todos os detalhes dessa incrível expedição, com vocês,
o viajante Alex Magno Coelho Horimoto.
Era um vez…
A viagem mais fantástica que eu fiz e que mexe com o imaginário desde a minha infância foi a ida recente para a Groenlândia. Lembro que o primeiro contato que tive com a Groenlândia foi com o jogo de tabuleiro WAR, quando ainda não existia a Internet.
Independente de qual fosse o meu objetivo principal, eu sempre queria conquistar a Groenlândia, parecia fixação de criança.
Então, conhecer um país tão inóspito e distante de tudo foi realizar um sonho de criança.
… E o sonho virou realidade
Para realizar esse sonho foi preciso cerca de 1 ano e meio de preparação, tudo é mais difícil, principalmente pelo clima que só permite 3 a 4 meses de tempo bom para o turismo. Chegar lá também é uma aventura, pois só existem voos diretos ou da Islândia ou da Dinamarca. A língua é outro desafio, porque é quase impossível para a gente aprender o groenlandês ou a outra língua oficial, o dinamarquês.
Mas todas essas dificuldades são esquecidas quando você avista aquela imensidão de gelo ao chegar de avião (para meu desespero, de dupla hélice). O coração bate a mil e você não sabe se é mais pelo medo ou pelo contentamento.
E estar lá realmente não decepcionou, principalmente para aqueles que têm espírito aventureiro e gostam de paisagens inacreditáveis, sejam nas montanhas, vilarejos, fiordes ou gelo.
Gosto muito de correr por esporte e fazer trilhas, além de fotografia, então pude captar imagens lindíssimas de lá.
Em relação à culinária da Groenlândia, destaque para seus ingredientes raros e exóticos. Carne de baleia, carne de rena, carne de foca e aves são muito populares no país. Um prato clássico, uma sopa chamada suaasat, é feita, normalmente, com carne de foca (pode também ser feita com peixe, ave, carne de baleia ou renas).
Por todos esses motivos acho que esta seria a viagem mais marcante de todas, além disso, gosto muito de viajar, e conhecer este novo país completou exatamente a minha lista pessoal de 50 países visitados.
E afinal, quem você conhece que literalmente já foi para a Groenlândia? Rsrsrsrs
Por que resolvi ir para a Groenlândia?
1) Por ser um sonho de infância, mesmo sem nem saber onde exatamente ficava aquele país.
2) Por gostar de aventuras e contato com a natureza, além de amar conhecer países frios como os da Escandinávia.
3) Amo correr pelo mundo e as trilhas e paisagens por lá são de outro mundo.
4) Por já ter viajado por todos os continentes e regiões, esse país tinha que ser especial, pois completaria o número mágico da minha lista de 50 países visitados.
A melhor época para conhecer
Como o clima é muito instável e inóspito, apenas em 4 meses do ano o frio é mais ameno (uma média de 0 a 10 graus) entre junho e setembro. Então, resolvi ir no final de junho e encontrei a temperatura variando entre -3°C e +12°C.
Como planejar a viagem
Existem 6 regiões principais para o turismo: Norte (cidade mais recomendada Ilulissat), Sul, onde visitei quatro cidades, Leste (cidade principal Tasiilak) , região da capital Nuuk, Círculo Ártico (cidade mais conhecida Sisimiut) e região do Parque Nacional.
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É imprescindível contar com a ajuda de especialistas locais para planejar a viagem. Tive contato com duas empresas que recomendo e operam as excursões na região Sul do país: Blue Ice e Tasermiut.
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Existem excursões de vários tipos e durações, mas eu escolhi visitar o SUL do país por 5 dias, conhecendo as cidades de Narsarsuaq, Igaliku, Itilleq e Qassiarsuk.
As opções de atividades e os Big Five groenlandeses
Podem variar, desde um passeio imperdível (mas caríssimo) de helicóptero até uma atividade gratuita, porém imperdível, de hiking (escalada) a uma montanha.
Você pode também fazer passeios de barco e caiaque pelos fiordes e icebergs. Só me arrependi de não ter tido a oportunidade de andar em um trenó na neve puxado por cães.
Assim como a África do Sul tem seus “Big Five” que são os 5 animais que você tem que ver em um safári, a Groenlândia tem seus “Big Five” imperdíveis também, que são o dog sledding (trenó puxado por cães), a observação de baleias, a aurora boreal, conhecer o povo nativo e os glaciares de gelo.
Curiosidades sobre a Groenlândia
1- Fui para o Sul da Groenlândia porque o frio é mais ameno por lá e escolhi ir em junho porque seria o verão deles, com temperatura média entre 5 a 10°C.
2- Visitei 4 cidades (Narsarsuaq, Itilleq, Qassiarsuk e Igaliku), mas que poderiam ser considerados povoados, porque toda a Groenlândia, considerada a maior ilha do mundo, com uma área de 2.166.000 km², tem apenas 57 mil habitantes.
3- Para chegar lá só existem 2 companhias aéreas (Air Iceland e Greenland Air) que têm poucos voos semanais e só vão e voltam para Reykjavik ou Copenhague. E o avião é um turbo-hélice com menos de 40 lugares.
4- Antes que me corrijam, está certo falar Groelândia, Groenlândia e Gronelândia, ok! 😉
5- A comida é bem escassa e havia apenas um mercadinho em uma das cidades, com poucas opções de frutas caras e legumes só congelados.
6- Fora Narsarsuaq que tem algumas vias de asfalto, todas as outras cidades têm pavimentação de cascalho e pedras, apenas.
7- Não tem como alugar carros lá e só há um posto de gasolina que é mais para atender o aeroporto.
8- A língua é um grande desafio e tudo estava escrito em dinamarquês ou groenlandês (neste caso, nem o Google Tradutor salva).
9- A polícia é um caso à parte, principalmente na alfândega do aeroporto. Você entra e sai facilmente sem perguntas ou entrevistas.
10- Eu já falei sobre os terríveis mosquitos selvagens? NÃO se esqueça de levar repelente se estiver planejando uma viagem para lá.
Que história! E que presente especial!
Quem quiser conferir mais fotos da trip, pode dar uma olhada lá no Instagram do Alex, @alexhorimoto.
Obrigado Alex e todos os viajantes que fazem parte desses 3 anos do Bomde. Aniversariar é agradecer, e a primeira fatia do nosso bolo é para vocês!
Partiu mundo!