Voar voar, subir subir ♫ ♪ ♫ ♪ ♫
Depois de enfrentarmos as montanhas congelantes do Aconcágua, nos aventurarmos de SUP pelas Ilhas Tijucas no Rio, atravessarmos as serras entre Petrópolis e Teresópolis, chegou a hora de voar.
A nossa coluna Go Outside resolveu tirar os pés do chão e deixar a cabeça nas nuvens, pra variar um pouco mais. =)
Mas do que estamos falando, afinal? De paraquedismo, o esporte da vez.
O destino? Boituva, interior de São Paulo. Um dos mais procurados e incríveis para a prática dos saltos.
E pra nos levar nessa empreitada, ele, que não é o Toddynho, mas é o nosso companheiro de aventuras: Pepe Fiamoncini!
Então, bora saltar?!
“O paraquedismo no Brasil é praticado oficialmente desde 1931.
São mais de 4.400 atletas em atividade, 18 federações estaduais e 55 clubes registrados na Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPQ).”
O paraquedismo é um esporte extremo e como tal, para a sua prática algumas precauções são necessárias.
Então, pra quem tem vontade de sentir as emoções de uma queda livre, é super recomendado buscar referências sobre a escola ou clube que vai fornecer os equipamentos e também sobre o instrutor que vai acompanhá-lo no salto.
Já deu pra perceber que esse esporte é coisa séria, né? Tranquilidade nunca é demais para garantir a emoção e o Pepe bem sabe disso. O moço já está nessa vida de saltador amador há quase 10 anos! \o/
Cronologia do Pepe – El saltador
A paixão pelo paraquedismo começou bem cedo e teve estreia no seu aniversário de 16 anos.
Aos 20, ele fez um novo salto de cumpleaños com mais 13 amigos e, dessa vez, com uma vestimenta um tanto exótica: nosso embaixador das aventuras saltou de cueca!
“Foi uma maneira de comemorar o momento e marcar as fotos pra sempre”, ele se explica. Aham, entendido! 😉
Aos 23 anos, teve salto temático mais uma vez. E dessa vez, foi o James Bond quem resolveu dar o ar da graça pelos ares. Esse salto teve direito a pôr do sol perfeito e a certeza de que a história com o paraquedismo não poderia parar por aí. <3
Hoje, aos 25 anos, ele resolveu encarar essa sensação novamente e nós fomos junto para acompanhar tudo bem de perto.
Que comece a emoção!
Embarcamos direto para Boituva, mais ou menos 117 Km de São Paulo, um dos principais destinos dos aventureiros de plantão quando o assunto é paraquedismo.
Para aumentar a dose de adrenalina e para levar as experiências anteriores a um outro nível, um novo desafio:
SALTAR SOLO
Para isso, o Pepe teve que encarar um mega intensivão de aulas teóricas + 7 saltos para garantir a licença para voar sozinho.
Para alguém que só fez saltos em dupla, o desafio de saltar sem a companhia de instrutores pode parecer um tanto quanto assustador. Fora as questões técnicas – de consciência corporal a controle de uma série de variáveis. Já imaginou se jogar de um avião a 12 mil pés?
Em busca da aprovação
Depois de ir fundo em temas como dinâmica dos ventos, situações de emergência, abertura de paraquedas, saídas e navegação, o aluno está apto para as aulas práticas. Daí o Pepe pira! Ele garante que essa é a melhor parte de todo o curso. E a gente acredita!
Ah, não é necessário ter experiência prévia com salto duplo para fazer o curso, ok?!
Nas aulas práticas, o aluno recebe uma missão para cada salto (e sim, eles já são feitos sozinhos logo de primeira!). Por exemplo: no primeiro salto do Pepe, a missão era adquirir a consciência da queda livre e conseguir comandar e acionar o paraquedas. Os instrutores acompanham a todo o momento, desde a saída do avião até a aterrissagem.
“A sensação de estar sozinho com o seu próprio paraquedas a 12 mil pés dá um baita frio na barriga e uma sensação de liberdade indescritível.”
— Pepe
A evolução a cada salto é bem visível e o aluno só pode passar ao próximo passo se executar com excelência o desafio anterior. O segundo e o terceiro salto, por exemplo, trazem o desafio de aperfeiçoar o controle corporal e executar manobras. Já o quarto é feito com a ajuda de apenas um instrutor, não dois, e a saída do avião é feita pelo aluno sem a intervenção do instrutor.
Pra ajudar no aperfeiçoamento, a cada salto o aluno recebe um vídeo onde dá pra ver os seus erros e acertos. Quando se chega ao sétimo salto, o desafio é cumprir tudo o que foi aprendido até então, sem deixar passar nada.
Puxado? Pela alegria estampada na cara do Pepe, cada suspiro valeu muito a pena!
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Pensa que esta história vai parar por aqui? É claro que não. A vontade do nosso Go Outsider é continuar saltando sempre (e nós não duvidamos).
Mil e uma modalidades
Pra ninguém cair na monotonia (se isso é possível), existem mil possibilidades no mundo do paraquedismo: o wingsuit, o free fly e, para os mais radicais, o base jump (vai encarar, Pepe? ☺).
Ficou animado com os voos? Quer seguir perfis bacanas nas redes sociais? Gui Pádua e Jeb Corliss são duas feras do esporte.
O Gui, pra quem não lembra, fez história ao aterrissar na Marquês de Sapucaí, em pleno desfile da Portela. Já o Jeb Corliss é um dos maiores nomes do paraquedismo mundial e esteve recentemente no Rio durante as Olimpíadas, pra fazer um salto especial sobrevoando o Cristo Redentor e formando os anéis olímpicos com outros saltadores.
Duas dicas quentes do Leonardo Mamede (paraquedista amigo do Bomde e do Pepe). Valeu, Leo! 😉
Por enquanto, ficamos por aqui. Uma pausa para recuperar o fôlego.
Nos vemos no próximo Go Outside, com mais aventura, emoção e, é claro, adrenalina.